A FLAD, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento de Portugal, através de cooperação bilateral com os Estados Unidos da América do Norte, nasceu a 20 de Maio de1985, com a aprovação do Decreto-Lei n.º 168/85,
constitui-se como uma “instituição portuguesa, financeiramente autónoma e privada, destinada a contribuir para o desenvolvimento nacional, através da cooperação científica, técnica, cultural, educativa, comercial e empresarial, entre os dois países” e teve como fonte primária a utilização da base militar das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, pelas Forças Armadas americanas.
Ora, ao contrário do que defende vergonhosamente, o Presidente da FLAD, Nuno Morais Sarmento, de que não passa de um “mito urbano” a propagada ideia de que a FLAD “nasceu dentro de uma realidade açoriana ou para-açoriana, que seria o acordo das Lajes”, posição essa envolta em mero colonialismo, capitalizado no Terreiro do Paço em Lisboa.
“A FLAD foi criada como uma parte dos pagamentos efectuados ao governo português pela utilização da base militar dos Açores. A FLAD é um exemplo de uma agência que permitiu que a influência dos EUA continuasse após o fim da agressão e diminuísse depois, conforme necessário.” (in Rund, D. F., june 2012. Strategic Foreign Assistance Transitions. CSIS - Center for Strategic and International Studies).
É facto notório, que as administrações da FLAD ao longo do tempo, têm defendido de forma irascível aquela posição inverídica do seu actual presidente, ou seja, atirando os Açores e os açorianos para segundo plano, nesta ponte sólida que tem sido e é a FLAD entre Portugal e os Estados Unidos da América, parceria fundamental na promoção das relações transatlânticas, alavanca primordial na cooperação científica e académica, envolvendo projectos de valor incontestável, que a projecta como fundação “acessível, humana e moderna que premeia o mérito e a criação de valor”.
A FLAD é sem dúvida alguma reconhecida como uma das mais importantes fundações portuguesas, que há 40 anos abre as portas da América do Norte, desenvolvendo Portugal, o seu povo e os lusodescendentes.
Os Açores, as suas instituições, governamentais, económicas e sociais, não podem ser afastadas de uma partilha de benefícios, que quando eventualmente existe continua a ser mínima, mas cabe-lhe beneficiar de forma máxima, pois é um direito que lhe assiste, e que assim seja, porque na verdade é a Base das Lajes, nos Açores, que está e sempre esteve na origem indiscutível da criação da FLAD.
Basta de ofertar aos Açores uns meros candys por parte do directório da FLAD, porque os Açores foram e continuam a ser uma mais valia estratégica para Portugal e para a União Europeia, por isso a política da FLAD tem de mudar radicalmente e reconhecer os Açores como região essencial à sua existência e em contrapartida deve ser beneficiado de uma quota parte avantajada nas contrapartidas cedidas pela FLAD.
Sebastião Lima, Diretor


