São este os dias (de novembro) que vamos recordar com mais intensidade quem partiu, na distância dos meses e dos anos.
A Saudade invade novembro com todos os contornos de vidas vividas: as casas, o trabalho, os talentos, a capacidade de doar-se a comunidade será relembrada por todos os lugares em que as ausências são sentidas.
Não há idade que nos faça ser indiferente às partidas eternas. Todas são sentidas e vividas num luto pessoal e vincado pelas raízes culturais das sociedades.
Os/as Açorianos/as visitam os cemitérios, cuidam das campas e da terra. Oferecem flores, ofertam por alma de quem partiu. Lembram pelo nome cada espaço reservado neste destino que é quase maioritário da população.
Sofrem os que não tiveram possibilidade de despedir fisicamente do corpo, sem espaço e lugar para o culto.
Sobrevivemos à Saudade.
O luto é doloroso. A revolta, a agressividade, a tristeza que doi, o corpo que cai em precipício. O luto é difícil de ultrapassar. Cada um encontra formas de o encarar e superar esta etapa da vida que é tão certa quanto o nosso nascimento.
Hoje existem meios de apoio para atenuar esta fase das nossas vidas, no entanto, cada caso é um caso. E todos devem ser amparados e abraçados. Não tenhamos medo de procurar ajuda. Não nos torna mais fracos, mas sim mais humanos.
Que possamos neste período do ano, recordar os nossos entes queridos e honrar a sua vida nas suas diferentes vertentes.
Carla Félix, Diretora Adjunta
