Veio recentemente à liça nos meios de comunicação, quer os regionais, quer os nacionais, o flagelo que as drogas estão a provocar nos Açores, na nossa ilha e nomeadamente no nosso concelho.
Sabe-se perfeitamente que as drogas, nomeadamente as drogas sintéticas, metanfetaminas, vulgarmente conhecidas por cristal e ou Tweak, constituem um perigo para a vida, a saúde, uma tranquilidade familiar e social e potenciam em larga escala a destruição e a destruição dos viciados, lançando-os no mundo do crime e da violência.
As drogas sintéticas, são por excelência as drogas dos pobres, dos mais humildes, das pessoas socialmente descartáveis, porque são acessíveis, ou seja, facilmente fabricadas com custos reduzidos, e traficadas a baixo custo, reveladas com as drogas tradicionais – cocaína, heroína, – e gerou enorme dependência, sendo uma droga quimicamente muito estimulante e poderosa, composta por produtos químicos, por exemplo, “ácido de bateria, material para tratamento de esgotos e anticoagulantes, sendo certo, que tais produtos são fatalmente explosivos e sua ingestão pode provocar enfartes, atento o aumento da pressão arterial que provoca no consumidor, bem como a sensação de euforia e muita energia.”
Recentemente assistimos a uma reportagem televisiva, sobre o Bairro de Nossa Senhora de Fátima, antigo Bairro do Joaquim Alves, situado na freguesia de Santa Cruz, nesta cidade da Praia da Vitória, e relata-nos o fabrico artesanal de metanfetaminas, a facilidade de se obter os ingredientes e à vontade com que os traficantes concretizam as suas intenções, ora isto é por si só demonstrar o caos disseminado entre muitos jovens infelizmente já dependentes de drogas sintéticas, dando uma imagem triste da nossa terra, vergonhosa para todos.
Têm faltado meios e métodos eficazes no combate a esta situação inadmissível, na verdade, as nossas autoridades governamentais têm apregoado com pompa e circunstâncias estudos e mais estudos multissetoriais para se apurar as causas que estão na origem deste nefasto fenômeno, mas os resultados não têm sido convincentes , por isso é necessário e urgente tratar este assunto de forma mais assertiva e realista, que certamente num meio pequeno como o nosso não tem cariz de ser um nó górdio, por isso há que arregaçar os mangas e lançarmo-nos num ataque radical para combater de uma vez por todas este mal que aflige as nossas famílias e nossa sociedade, para que impere a saúde, a harmonia e a paz.
Sebastião Lima, Diretor
