A próxima edição do “Jornal da Praia” é já depois do Natal, mais precisamente dia 28 de Dezembro. Como é costume, nesta época natalícia, não podíamos deixar de aproveitar a nossa última edição antes do dia de Natal, para breves reflexões típicas do espírito de Natal, bem como para deixar os votos de boas festas.
Mas antes de entrar inteiramente no referido espírito e pôr o barrete de pai Natal, não resistimos a louvar a iniciativa de Natal na Praia da Vitória, que entre diversas atividades teve um desfile de Natal, que ainda que curto, foi muito agradável, bonito e, pelo que se viu, bastante aprazível às crianças presentes. Por outro lado, não podíamos deixar o reparo de que se pode fazer mais na “Aldeia de Natal”, faltando algum brilho típico da época, além dos “comes & bebes”, como um presépio, uma casa do Pai Natal, trenó, entre outros, dirigidos às crianças e aos adultos, que como nós, se comportam como criancinhas quando cheira a presentes. Mas mais do que a eficácia da iniciativa, este é um bom exemplo do que se pode fazer (e bem) apesar da situação financeira.
Passando à melhor parte, vamos às boas festas! Existem inúmeros dizeres associados às festas de Natal e ano novo, e como pusemos no título, muitas começam pelo desejo de saúde, paz e… mais qualquer coisa boa, como amor, prosperidade e felicidade. Começando pelo início, Jornal da Praia deseja a todos os Praienses, Terceirenses e Açoreanos em geral os desejos de muita saúde, pois sem ela nada mais interessa, sem ela pouco ou nada usufruímos, na ausência dela nada somos. Que tenhamos a fortuna de ter saúde numa época de paz, e não nos deixemos enganar pelo significado do conceito de “paz” ter vindo a perder magnitude, força e sentimento, talvez fruto da Europa, felizmente, atravessar um longo período de paz entre nações. Mas isso pode mudar repentinamente, como no caso da Ucrânia. Paralelamente não nos podemos esquecer da igualmente importante paz social. Temos a sorte de pertencer a uma comunidade europeia repleta de apoios sociais, que nos permitem dignificar a vida muitas pessoas e famílias. Que Deus permita que possamos manter e melhorar a vida de todos, em paz e com saúde.
Passando agora às diversas terminações, começando pela prosperidade. Diz o ditado que o “dinheiro não traz felicidade”, ao que o povo responde, bem ao jeito lusitano, “não traz, mas ajuda!”. A verdade é que uma sociedade próspera é uma sociedade melhor, onde se vive bem, onde há melhores cidadãos, onde se pode viver com dignidade sem precisar mendigar, isto é, uma comunidade onde viver dá prazer. Uma nota à parte, mesmo com a atual situação, não trocamos a Praia da Vitória por nada!
L`Amour, o amor… O amor é, simplesmente, lindo. O amor é a prova de que o espírito de Natal existe, é aliás, em geral, prova da espiritualidade. Quando vos perguntarem se a magia natalícia existe podem sempre responder que lá por não se ver, não quer dizer que não seja real. Mesmo que não sejam religiosos, nomeadamente cristãos, e não acreditem em Jesus, podem sempre acreditar no Amor. O Amor é um sentimento, um estado de espírito, uma cumplicidade, e um estado de alma que nos dá uma força transcendente. O amor pelos filhos, o amor entre casais, o amor entre adultos, o amor por animais, o amor por algo, o amor a Deus, o amor… pela vossa felicidade Amem, amem o que quiserem, mas amem!
Terminamos com a felicidade. O que andamos a fazer nesta breve passagem pela terra se não formos felizes? A felicidade de toda a nossa comunidade deve ser um dos nossos maiores propósitos. Passe o pleonasmo, a felicidade é o culminar de tudo o que nos faz feliz. Nesta época não se esqueçam de ajudar alguém a ser feliz. Há muitos que não tem família, não tem dinheiro, não tem arvore nem presépio, não tem peru nem bacalhau, não tem presentes, e pior, não tem saúde, não tem amor nem felicidade. Vamos ajudar a nossa comunidade a ser feliz, porque mais do que um dever para os cristãos e outras religiões, em especial no Natal, um dia podemos ser nós… Meus caros, um brinde de Natal antecipado: À saúde e amizade, ao Amor e felicidade, agora, como sempre, Aquele Abraço Praiense!
Luis Moniz, Diretor-Adjunto
