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O Secretário Regional da Saúde e Desporto afirmou esta tarde, no Parlamento, que o Executivo da Região “está a deixar um registo de execução e de obra feita”.

Respondendo a deputados da oposição, no âmbito de um debate sobre o pós-covid, Clélio Meneses apontou o aumento de consultas, de exames e de cirurgias, realizadas em 2022, já como acontecera em 2021, relativamente a anos anteriores à pandemia, e a redução do tempo de espera para cirurgia, a realização de obras em diversas unidades de saúde, a formação e a contratação de mais de mil profissionais para o sector, já na vigência do atual Governo Regional, como “respostas que desmentem claramente as insinuações e acusações torpes, que vêm de uma oposição que apenas dá contributos negativos”.

“A nossa preocupação é construir, e trabalhar todos os dias, em conjunto com os profissionais de saúde, para dar uma resposta mais rápida, mais eficaz e mais próxima”, sublinhou.

O governante destacou como “único”, o aumento de 100% nos valores de formação no Serviço Regional de Saúde, plasmado no Plano e Orçamento para 2023. 

"O anterior governo não nos deixou qualquer plano de formação”, sublinhou.

O Secretário Regional relevou também a abertura de 920 vagas para profissionais de saúde, até ao presente. 

“São 301 Assistentes Operacionais, 138 Assistentes Técnicos, 162 enfermeiros, 54 Técnicos Superiores, três Técnicos Superiores de Saúde, 54 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, sete Farmacêuticos e 198 Médicos”, enumerou.

Relativamente a consultas realizadas, Clélio Meneses afirmou que “em 2021 bateram-se todos os recordes, mas 2022 foi ainda melhor”.

“Ultrapassamos um milhão de consultas, mais de dez mil cirurgias e realizámos mais de sete milhões de exames complementares de diagnóstico. É esta a resposta às pessoas, da prova do trabalho, e de que estamos a melhorar. Não está tudo feito, mas este caminho demonstra que as acusações são absolutamente sem fundamento”, frisou.

O governante relevou ainda o esforço de recuperação de listas de espera para cirurgia, nos últimos dois anos. 

“Estamos a ter sucesso”, disse. 

"Hoje temos nos Açores menos 2.315 pessoas em lista de espera, do que quando tomámos posse, e com mais propostas cirúrgicas. O tempo médio de espera, na vigência do anterior governo era de 540 dias, agora são menos 172 dias”, frisou.

Clélio Meneses destacou igualmente a realização de obras em diversas unidades de saúde, afirmando que “o anterior governo fez uma encrenca com o Centro de Saúde de Velas, em São Jorge, tinha uma obra parada e um processo em tribunal, e o atual Governo resolveu, fez um projeto novo e a obra está a acabar”.

“O anterior governo do PS, não quis abrir a radioterapia na Terceira, este Governo abriu, fechou o Serviço de Atendimento Urgente em Ponta Delgada, mas que agora vai abrir, e fechou os centros de saúde de São Roque e Lajes do Pico, que este Governo reabriu. A vossa imagem é esta”, alegou o governante em resposta direta à bancada socialista. Fonte: GACS

 A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), aprovou hoje, por unanimidade, um Voto de Pesar pelas vítimas dos sismos na Turquia e na Síria, que provocaram “um enorme rasto de destruição material e de perdas humanas”.

“Para nós, açorianos, acostumados às imprevisibilidades brutais da natureza, é tempo de manifestar toda a nossa solidariedade para com a população da Turquia e da Síria”, afirmou o pelo Presidente da Assembleia Legislativa, Luís Garcia, esta manhã, aquando da leitura do Voto de Pesar em Plenário.

“A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, reunida em plenário, aprova um Voto de Pesar pelas vítimas dos sismos ocorridos na Turquia e na Síria e manifesta às autoridades e ao povo daqueles países a sua total solidariedade perante esta tragédia”, concluiu o Presidente Luís Garcia, no final da apresentação da iniciativa, subscrita por si e por todos os Líderes dos Grupos e Representações Parlamentares da ALRAA.

Depois da leitura do Voto de Pesar, os parlamentares cumpriram um minuto de silêncio pelas vítimas dos dois sismos, de magnitudes de 7,8 e 7,5 na escala de Richter, que na madrugada de 6 de fevereiro devastaram várias cidades e localidades do Sudeste da Turquia e do Noroeste da Síria.

“Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde, os terramotos causaram, até ao momento, a morte de mais de 40 mil pessoas nos dois países, um terço das quais crianças”, lê-se no Voto de Pesar hoje aprovado, onde se sublinha que as Nações Unidas acreditam que esse número pode “duplicar, tendo em conta os milhares de pessoas que continuam sob os escombros dos prédios e das infraestruturas que colapsaram após os terramotos”.

O Parlamento açoriano afirma que “desde o primeiro momento” as várias “equipas de socorro e de resgate turcas procuram acudir e salvar o maior número de pessoas”, numa missão que tem contado com a ajuda da “comunidade internacional, incluindo Portugal”, mas reconhece que a ajuda “à Síria tem sido dificultada pela guerra civil iniciada em 2011”.

Ainda sobre o apoio aos dois países, a iniciativa da Assembleia Legislativa dos Açores destaca as prioridades daqueles dois países na fase pós-resgate, nomeadamente a resolução de questões sanitárias e o abastecimento de água potável.

O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, apresentou hoje o Relatório do Estado das Ribeiras dos Açores (RERA) de 2022, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, em Angra do Heroísmo.

Alonso Miguel começou por referir que “a rede hidrográfica do arquipélago é extremamente extensa, abrangendo cerca de 7.000 quilómetros, distribuídos por mais de 700 bacias hidrográficas, não sendo, por isso, possível, com os recursos disponíveis, intervir em toda a extensão da rede hidrográfica em simultâneo”.

“Torna-se, assim, imprescindível, ter a capacidade de avaliar e determinar prioridades, de acordo com a urgência de intervenção, sendo que o RERA é um instrumento fundamental para esse efeito, contribuindo para garantir a segurança de pessoas e bens”, declarou.

O Secretário Regional destacou que no Plano de Investimentos da região para 2023, para além das verbas destinadas à construção de infraestruturas e de requalificação da rede hidrográfica, que representam um investimento superior a 1 milhão de euros, “está também prevista uma verba de 800 mil euros destinada aos trabalhos de monitorização e manutenção da rede hidrográfica”, a implementar de acordo com as prioridades definidas no RERA.

Alonso Miguel relembrou também que, em 2022, “o Governo Regional criou o Regime Jurídico-financeiro de Apoio à Emergência Climática, que visa dar resposta a situações de perdas e danos patrimoniais, resultantes da ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, bem como suportar investimentos públicos destinados à mitigação e adaptação aos impactos das alterações climáticas, canalizando, para o efeito, as receitas provenientes das taxas aplicadas sobre a disponibilização de sacos de plástico, com um verba prevista para 2023 de 400 mil euros”.

“Foram efetuados 533 registos, dos quais cerca de 2/3 se referem a levantamentos em novos troços de ribeiras e cerca de 1/3 a avaliações do ponto da situação relativamente a ocorrências verificadas em anos anteriores”, revelou o Secretário Regional.

O governante referiu ainda que “no total, a avaliação realizada envolveu 228 bacias hidrográficas distintas, abrangendo cerca de 560 quilómetros de extensão de ribeiras, sendo que a grande maioria dos registos, cerca de 45%, foram efetuados em São Miguel, aproximadamente 13% em Santa Maria, 12% na Terceira e 10% no Pico”, acrescentando que “foram detetadas 281 novas ocorrências, valor que se situa acima da média dos últimos 5 anos, distribuídas por sete ilhas, em resultado de diversos episódios de precipitação intensa verificados em 2022.”

Alonso Miguel revelou ainda que “os assoreamentos e obstruções, representam cerca de 67% das ocorrências, sendo a principal tipologia associada a causas naturais e que embora a tendência de depósito ou abandono de resíduos em cursos de água tenha diminuído nos últimos anos, no presente ano, continua a ser a segunda tipologia de ocorrências mais frequente, representando 11,5% das ocorrências, com incidência predominantemente nas ilhas de São Miguel e Terceira”.

O responsável pela tutela realçou que “65,5% das ocorrências são de prioridade moderada, 28,2% carecem de intervenção urgente e 6,3% muito urgente, sendo que as situações muito urgentes se localizam nas ilhas do Faial, Pico e Santa Maria”.

“Em 2022 verificaram-se 533 registos, correspondendo ao segundo maior número de sempre. Foi também realizado o maior número de levantamentos em novos troços de linhas de água desde o início do RERA, concretamente 338. Com 281 ocorrências, 2022 foi também o 3.º ano com maior número de ocorrências”, concluiu o Secretário Regional. Fonte: GACS

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