Foi com grande tristeza que recebemos no dia 18 de Janeiro de 2021, a notícia do falecimento de José Nelson Codorniz Lino, aos 69 anos de idade, vítima de doença prolongada.
José Nelson Codorniz Lino, nasceu no Porto Martins, Praia da Vitória, no dia 22 de Outubro de 1951, lugar paradisíaco, onde a perfeita e admirável harmonia da luz do céu, resplandece sobre o brando choro das vagas, das ondas que beijam a sua graciosa costa.
Cresceu a respirar o ar puro dos vinhedos e dos olivais tão característicos do Porto Martins, que lhe dão graça inigualável, parecendo mesmo estar ungido pelo Divino Espírito Santo, que as gentes daquele belo lugar tanto veneram.
O Senhor Deus, decidiu acolher a sua alma no seu seio de misericórdia, no dia de Santa Margarida da Hungria, de acordo com o calendário litúrgico católico, sendo certo que era grande devoto de Santa Margaria de Antioquia, Padroeira da Paróquia do Porto Martins, que a cultuava nas actividades e cerimónias festivas/religiosas, sem dúvida foi uma recompensa divina pelo muito bem que nos quis e fez.
Não podemos de deixar de recordar com imensa saudade e gratidão, um dedicado amigo e grande benemérito do Jornal da Praia, que muito nos ajudou, mesmo nos momentos difíceis, que por vezes batem à porta da nossa instituição, nomeadamente a crise económica de 2008 e a catastrófica crise pandémica que acerca de 1 ano nos envolve a todos.
Não nos cansemos de salientar a sua disponibilidade de servir e que acreditava que as crises deviam ser enfrentadas segundo o sábio ensinamento de Albert Einstein “não podemos querer que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a maior bênção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A crise nasce da angústia, assim como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem os eventos, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera-se a si mesmo sem ter sido superado. Quem atribui à crise os seus fracassos e penúrias, violenta o seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a dificuldade para encontrar saídas e soluções. Sem crises não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um, porque sem a crise todo o vento é uma carícia. Falar da crise é promove-la, e calar-se na crise é exaltar o conformismo. Em vez disto, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer para superá-la”, que em tempo de pandemia deve ser uma lição a reter.
José Nelson, como era vulgarmente conhecido foi um lutador incansável na luta para a manutenção dos vinhedos e dos olivais do seu ninho, o Porto Martins, e muito cedo aplicou-se no trabalho do cultivo das vinhas e dos olivais, acompanhando todas as formações sobre o assunto, adquirindo vastos conhecimentos que gostava e organizava-se de partilha-los com outros agricultores, duvidas não restam que o teve um papel crucial, para a protecção da paisagem vinícola da sua terra, foi um empresário de sucesso, em 24-08-2006, fundou a Sociedade de Responsabilidade Limitada, Ambienter, que muitos e bons serviços prestou e presta à comunidade.
Muito cedo emigrou para o Canadá e constituiu família, mas não descansou até concretizar o seu sonho, ou seja, regressar ao seu amado Porto Martins, e este regresso foi um remédio para as suas saudades, sonhos e projectos, emoções e alegrias, nomeadamente a elevação do Porto Martins a freguesia.
Muito obrigado caro amigo, pela tua amizade, pela tua ajuda que sempre deste a este jornal, que sem dúvida alguma ajudou na sua divulgação e projecção.
O Jornal da Praia, os seus responsáveis, continuarão a lembrar-te como grande benemérito, disponível para servir, com simplicidade e humildade a sua terra e as suas gentes. À família enlutada, esposa, filha, filho, nora e netos, o Jornal da Praia exprime sentidas condolências e que a sua alma alcance a paz divina, na companhia de Santa Margarida de Antioquia, de quem era devoto.
Sebastião Lima, Diretor